terça-feira, 26 de julho de 2011

O TORTURADOR

Elenco: Jece Valadão, Otavio Augusto, Vera Jimenez, Ary Fontora, Rodolfo Arena, Paulo Villaça, Jorge Fernando. Direção de Antonio Calmon. Ano: 1981
Muito antes da Globo Filmes, o cinema comercial feito no Brasil vinha da Boca do Lixo, o cinema paulista considerado por alguns críticos " lixos cinematográficos " mas grandes diversões populares, que ia da Pornochanchada até aos Westerns, e também os filmes de ação como o filme resenhado em questão, Jece Valadão personificou a imagem de machão cafajeste, em muitos filmes, além de trabalhar em alguns filmes do movimento do Cinema Novo, como um dos mais famosos e polêmico filmes Os Cafajestes (1962) de Ruy Guerra, o machão participou de vários filmes policiais e pornochanchadas onde consolidou a sua imagem na história do cinema, o filme é de Antônio Calmon, que também tem um dedo no roteiro junto com o astro do filme e Alberto Magno, Antonio infelizmente não dirige nada para o cinema desde 1984 e está na geladeira desde de 2010 na Rede Globo.

Jece Valadão faz Jonas, um mercenário que é libertado da prisão por motivos ignorados pelo roteiro, quando está prestes a dar um fim na própria vida, eis que surge Chuchu (Otávio Augusto) um velho amigo que o convence a aceitar um último serviço que lhe garantirá uma grande fortuna em dinheiro, pois um grupo de judeus está pagando exatos 1 milhão de dólares para que tragam a cabeça de Herman Stahl (Rodolfo Arena em seu último filme) ex-carrasco nazista que fugiu da Alemanha depois da derrota na Segunda Guerra Mundial, mas não antes de matar 2 milhões de judeus nos campos de concentrações, para cumprirem o serviço, a dupla Jonas e Chuchu terão que partir para uma republiqueta das bananas e se infiltrar na segurança de Borges (Ary Fontoura) pois atualmente a profissão de Hermam é torturar prisioneiros para arrancar-lhes confissões, dai o apelido de " El Torturador " , mas a situação se complica quando Jonas e Chuchu tem que proteger Gilda (Vera Gimenez) um antigo amor do passado, enquanto os 2 parceiros tentam conseguir a cabeça do seu alvo, a revolução está para explodir na pequena ilha, já que o povo cansou da ditadura.



Um dos melhores filmes nacionais feito em nosso país, Calmon assume a direção com maestria, com forte nas cenas de ação à lá sam Peckinpah, e também nas referências cinematográficas na vida de do cineasta, o nome Gilda é uma homenagem a personagem titúlo do filme de Charles Vidor de 1946, já a missão da dupla de mercenários com a cabeça do nazista lembra Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (1974) de Sam Peckinpah, num momento de grande suspense, além de referências a 007 , Roger Corman, e em determinado momento toca a música-tema de Casablanca, o filme é de 1981 e tinha várias alfinetadas na situação do Brasil naquela época, principalmente com o personagem vivido por Ary Fontoura, mas o melhor do filme sem dúvida é Jece Valadão, o eterno machão e cafajeste personifica o papel de maneira convincente, com bigode e oculos escuros além de um charuto no canto da boca, não faz feio a nenhum Charles Bronson, e diz frases hilariantes como: " nasci nu, tô vestido tô no lucro" ou quando o próprio se declara pra Gilda dizendo que roubou e matou por ela a cantora dispara : " e morar numa vila militar, eu nasci para viver em um palácio " e Jonas responde secamente, " e mora em um puteiro " e coincidentemente ou não Gece e Vera Gimenez também foram casados na vida real, já Otavio Augusto rouba cena com o seu personagem Chuchu, sempre nos filmes tem a dupla de heróis durão/engraçadinho, Chuchu é um dos personagens mais engraçados do nosso cinema, vive cantando músicas do Roberto Carlos para embalar as diversas situações em que ele e seu amigo se metem, desde " você, meu amigo de fé, irmão, camarada " pra convencer Jonas aceitar o serviço ou " estou amando loucamente a namoradinha de um amigo meu" quando percebe olhares entre Jonas e Gilda, ou " Jesus Criso, eu estou aqui ", por falar em Gilda, a triz Vera Gimenez, além de ser mais linda que a sua filha, a atriz interpreta a cantora de maneira sedutora e fatal, num tempo em que as mulheres não precisavam de plástica e silicone para seduzir os homens, outro que rouba cena é o Anselmo Vasconcelos interpretando um suposto padre que cheira cocaína em pleno altar, Pablo Villaça (famoso por dar vida no cinema ao famoso Bandido da Luz Vermelha) interpreta o personagem que é deboche total com a ditadura (aliás como tudo no filme) interpreta um oficial com jeito de machão, mas é homossexual e vive seduzindo os jovens do vilarejo, mas o show fica mesmo por conta de Herman Stahl em seu último filme, que interpreta um vilão cruel que mata e tortura a sangue-frio de maneira convincente, um excelente filme que infelizmente não recebe ainda muito valor do seu próprio país, mas como Deus é justo cada vez mais jovens pesquisadores de cinema como eu, dão o merecido valor as produções do Cinema Paulista, pois esses são os filme que REALMENTE tem uma identidade nacional, e não personagens que vivem filosofando e nem batuques e gritarias que um certo cineasta baiano (também como eu) fazia e os críticos de cinema dizem que isso é "arte" deixo claro desde já que não tenho nada contra esse tipo de filme, mas uma coisa é você fazer filmes em que se você assistir mais de uma vez, você enxerga mais detalhes, diferente de você fazer filmes malucos e dizerem que isso é arte, enfim já me expressei o suficente, e fiquem ligados no Canal Brasil que está fazendo maratonas de cineastas brasileiros, podem ser que façam o do Calmon e coloquem esse filme na programação.

FERVURA MÁXIMA

Elenco: Chow Yun Fat, Tony Leong Chiu Wai, Teresa Mo, Philp Chan, Philip Kwok, Anthony Wong. Direção de John Woo. Ano: 1992
Já ouvi falar muito da fase chinesa do diretor John Woo, eu assisti parte da fase anericana do diretor, já havia visto Alvo Duplo 2, mas não lembro do filme, mas quando assisti um dia de noite no computador o filme avaliado nessa resenha, decobri o porque dos fãs radicais ofenderem cada vez mais a fase americana do cineasta, Woo fez o maior sucesso no final da decadá de 80 e inicio de 90, a crítica brasileira e atrasada babava o ovo para Woo pelos tiroteios coreografados em câmera lenta, sendo que há 2 decadas atrás Sam Peckinpah e o italiano Enzo G. Castellari já filmavam dessa forma, mas o sujeito foi uma febre, fez alguns filmes legais no Estados Unidos, mas recentemente só tem se metido em projetos não muito bons, ao contrário do que pensa muitos fãs do cara, que vivem dizendo que ele virou fantoche, eu já digo que Woo não soube escolher seus projetos de um tempo pra cá, mas agora chega que esse post não é sobre a vida John Woo.

O filme já abre, com o inspetor Yuen ( Fat) numa casa de chá em uma operação para estragar uma transação de drogas, mas o plano dá errado e inicia-se um tiroteio na casa, os policias conseguem matar os bandidos, mas o parceiro de Yuen acaba morto no conflito, furioso ' Tequila'
jura vingança, não muito longe dali o policial disfarçado de matador, Tony (Tony Leung) mata um cara numa biblioteca, e deixa pistas para o Superintendente Pang (Philip Chan, que na vida real também é um oficial de polícia) ele tem a missão de matar um velho criminoso para ganhar a confiança do chefe rival Johnny Wong (Anthony Wong) o mesmo homem que Yuen está investigando, o caminho dos 2 se cruzam durante a missão e os 2 quase se matam, mas decidem unir forças, para acabarem com o contrabando de Johnny.



Um dos melhores filmes de ação que eu já vi, e que comprova a fama do homem, as cenas de ação filmadas por John Woo, passa do limite do real, as balas são interminaveis, enquanto os personagens parecem voar, e um tiro só não basta para matar, e os personagens parecem terem saido de um filme de faroeste, pois de uma forma estilizada, Tequila é rápido no gatilho, mas isso não queira dizer que isso seja ruim, e sim que as cenas de ação são muito bem coreografadas por Woo, mas o filme não é so ação a gente conhece bam melhor os personagens, o Tequila é um cara durão, mas de bom coração, toca Jazz nas horas vagas e tentar reconquistar a sua namorada, já Leung vive um policial disfarçado que tem a missão de matar um velho triade, que o acolheu como um filho para conquistar a confiança de Wong, já o vilão tem um capanga de nome Mad Dog, intepretado por Philip Kwok que não derrama sangue inocente, a direção de Woo é precisa, além de ser um roteirista inteligente, junto com Barry Wong e Grodon Chan (que não foi creditado) na cena da casa de chás em que Yuen desce da escada com 2 pistolas e acerta 2 bandidos que tentavam fugir, outra grande cena é um tiroteio sem cortes na visão de terceira pessoa no confronto no hospital, Woo também leva a ação a potência máxima, os 40 minutos do confronto entre policiais e bandidos não da tempo nem de você respirar direito, mas o filme encontra força também no elenco, principalmente no carisma da dupla Fat-Leung, o ator Anthony Wong também está ótimo como vilão, frio e cauculista, deseja tomar todo o tráfico de Hong-Kong para si, emfim um ótimo filme, disponível em DVD.

MÁSCARA DA TRAIÇÃO

Elenco: Tarcísio Meira, Cláudio Marzo, Glória Menezes, Milton Gonçalves, Mário Brasini. Direção de Roberto Pires. Ano: 1969 Muito antes do Brasil virar aquela chatice de "pós-retomada" tínhamos uma industria, claro que não como Hollywood, mas tínhamos uma certa qualidade, nos final dos anos 40 foi fundada a Companhia cinematográfica Vera Cruz, considerada por muitos como a Era de ouro do nosso cinema, com o fechamento da Vera cruz, Mazzaropi fundou a P.A.M Filmes, Renato Aragão, o eterno Didi, também fundou a Renato Aragão produções, em 1977, sem contar com Roberto Farias e a sua Produções Cinematográficas R.F. Farias Ltda. Fundada nos anos 60, ou seja, tínhamos uma espécie de industria cinematográfica, que dava mais bilheteira que muito filme americano aqui no Brasil (eu sei que pareceu ufanismo meu, mas isso é um fato ) mas infelizmente toda essa criatividade brasileira foi por água abaixo, com o fechamento dos cinemas de bairro, mas ao que parece José Padilha representa o suspiro de um cinema popular, daquele voltado para as massas, e passa mensagens direto e sem frescuras, e sem pretensões dos filmes de arte, Tarcísio Meira é considerado um dos maiores atores do no país, além de uma carreira sólida na televisão, o ator tem vários papeis de destaque no cinema como Independência ou Morte (1972) de Carlos Coimbra e O Marginal (1974) de Carlos Manga, infelizmente a Globo o deixou na geladeira por algum tempo, fazendo apenas participações, mas ao que parece está na ativa novamente e espero que continue assim (quando recebeu um Troféu Imprensa na concorrente SBT, o público o aplaudiu de pé)

Dr. Carlos Almeida ( Meira) é diretor de finanças do Maracanã, não se bica com o funcionário César Ferreira (Claudio Marzo, ótimo) que segundo Carlos é desatento, já o subordinado, diz que o patrão é pedante, eis que a esposa de Carlos, Cristina (Glória Menezes) conhece César em um museu de arte e ela o leva ao um estúdio de escultura, os 2 acabam se apaixonando e não aguentam mais o César, Cristina diz que quer se separar do marido, mas para isso precisa de dinheiro, eis que os 2 planejam o crime perfeito, roubar milhões do cruzeiros no Maracanã em pleno dia de jogo, é ai que os 2 confeccionam uma máscara com as feições de Carlos, para César se passar pelo ex-chefe que o demitirá, no dia do crime, Cristina coloca o marido para dormir e quem vai no lugar dele é o desafeto do marido, chegando lá, ele só espera que o motorista e segurança Severino (Milton Gonlçalves) leve o dinheiro da bilheteira para o banco, para manda-lo de volta ao escritório para pegar o remédio na mesa de Carlos, o plano da certo, e obviamente o verdadeiro Carlos é culpado do roubo, mas César terá uma surpresa inesperada ...

Muita gente reclama que no País do Futebol, não exista nuitos filmes sobre o esporte, mas aqui é usado como fio narrativo para o desenrolar da trama, afinal a trama gira em torno do escritório de finanças que passa a dominar as situações do filme, desde as desavenças entre Carlos e César até o momento do assalto, o filme é ótimo, mas não deixa de ter lá seus problemas, pra inicio de conversa tanto César quanto Cristina, preciariam de pelo menos um dublê de corpo e com voz parecida de Carlos, mas isso não chega a prejudicar o filme, o filme também tem um ótimo elenco, aqui Maira faz um personagem meio ambiguo, mas parece ser gente boa e a gente acaba sinpatizando com o seu personagem, Claudio Marzo também está ótimo de vilão, e o ótimo do personagem é que não precise dele dando risadas estranbólicas e fazendo lou curas para o espectador perceber que o cara não é certo da cabeça, já Glória Menezes tem um ótimo desrmpenho como Cristina, e aqui usada como um ponto de ligação entre mocinho e bandido, e deverism ter dado um papel digno do talento de Milton Gonçalves do que um simples transportador de valores de carro-forte, a mão segura na direção de Pires, garante a tensão e o suspense, no ponto alto do filme, que é o roubo dos cruzeiros, outro destaque é a trilha sonora de Francis Hime na abertura, e pra quem vive falando que no Brasil só produzimos palavrão e sexo em termos de cinema, deveria dar uma olhadina sem preconceito em filmes como Mascara da Traição e começar a ver filmes de outros países legendados de vez em quando (não que eu não goste de filmes dublados) enfim, recomendavel.

DOWNLOAD: aqui.












segunda-feira, 25 de julho de 2011

PÁGINA DO TWITTER NO CINEMA EM GERAL

Bem se não fosse por insistência da minha irmã, nem teria Twitter, e como não queria deixar o meu Twitter a toa, encontrei uma utilidade para ele, agora informações quentes do mundo do cinema você vai visualizar no Blog Cinema Em Geral.